Olhando-me no espelho percebo que a imagem refletida não sou eu. É um mero pedaço de mim, aliás, muito pequeno, ínfimo até.
Sou tão maior do que a imagem que vejo.
E meu lado maior é tão menos visível. Até para mim mesma.
Há em mim muitas salas, muitos caminhos que levam a outras salas.
Algumas agradáveis, leves, alegres, com uma bela paisagem. Outras nem tanto.
Algumas que ficam com as portas abertas, para quem quiser entrar, sentar e ficar a vontade. Outras nas quais as portas ainda não foram abertas, que nem eu mesma conheço.
Que bondade de Deus fazer-nos seres eternos!!! Assim tenho muito tempo para conhecer todos os meus cantinhos. Entro em meu silêncio e, a cada dia, dou um novo passo, desbravo um caminho não percorrido, abro uma porta desconhecida e observo uma nova sala.
Desta forma posso admirar e relembrar de todos os ambientes dos quais gostei. E, daqueles não tão agradáveis, a partir do momento que os conheço, posso alterá-los. Fazer uma faxina no lugar, por mais difícil que possa ser, e deixá-lo a meu gosto.
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