Estava sentada, olhando o horizonte, sem maiores pretensões. De repente, minha visão depara-se com um jardim. Um jardim tão belo, como nunca havia encontrado.
Eram tantas flores, de tantas cores. Já podia imaginar o perfume em minhas narinas. Podia me imaginar dentro do jardim, sentindo-me acolhida pelos raios de sol que lá brilhavam.
No meio das plantas e flores caminhava um gatinho, todo rajado... meigo e brincalhão, como os felinos. Ele me faria companhia.
E eu sentia, sinceramente, que o jardim percebia minha pessoa e desejava minha presença.
Mas ele estava pouco distante. Ainda tinha de caminhar até alcançá-lo. E, depois que entrasse no jardim, seria acolhida e não mais o deixaria. Passaria a cuidar de todas as plantas e animais que ali residissem.
Caminhei vagarosamente. A cada passo reparava em mais um detalhe do jardim, a cada passo queria mais estar dentro dele.
Mas, em certo momento, quando a distância já não era tanta, percebi que o jardim estava protegido. Havia uma redoma de vidro, intransponível, que o contornava. Acredito que era invisível a certa distância, uma vez que eu não a tinha percebido (ou, talvez, eu não quis percebê-la de tão encantada que estava).
Eu não podia entrar no jardim. Já tinha percebido as sensações que teria quando estivesse envolvida por sua natureza e agora... só o vazio, o desejo de lá estar...
Restam duas opções: ficar sentada, apenas observando o jardim, sem poder senti-lo... ou partir, esquecendo que existe um local tão belo.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Jardim
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário