O trêm já partiu.
Fica a impressão de que cheguei atrasada na estação. Ou será que o trêm partiu antes do horário previsto?
Não importa. O fato é que o perdi e fiquei aqui, sozinha na estação, impedida de viajar.
Pego minha bagagem e sento em um banco. Passo a observar tudo ao meu redor: as pessoas que passam, o chão, a bilheteria, os trilhos que levam para onde eu poderia ter ido, o trêm já longe...
Perdi o trêm. Estou na estação. Sozinha. Observando. Em um local no qual eu nunca imaginei estar. Em uma situação não prevista. Continuo observando. Não sei para onde ir, não sei se devo ficar. Só sei que perdi o trêm. E continuo observando.
Como cheguei até aqui? Provavelmente, pelos passos que dei.
Como perdi o trêm? Provavelmente, porque não tinha consciência dos passos que dava.
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