Vejo um filme em preto e branco.
Estou sentada na areia da praia.
O dia nublado.
O mar cinza.
O vento não está gelado.
Ninguém presente.
Nem tão longe, nem tão perto, uma casa de madeira abandonada.
Já viveram naquele local. Será que as pessoas foram felizes?
Ao fundo, um violino chora...
Tudo está leve, tudo está livre.
Estou sentada na areia da praia.
Não tenho o que fazer. Não tenho local para ir.
Continuo sentada na areia da praia.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Cacos
Perdeu o equilíbrio.
Rodopiou no ar.
Belo como uma bailarina dançando.
Ao tocar o chão, quebrou-se em mil pedaços.
Um dos cacos atingiu a pele.
Escorreu o sangue.
Vermelho carmim.
Não o suficiente para esvair a vida.
O bastante para deixar uma cicatriz.
Rodopiou no ar.
Belo como uma bailarina dançando.
Ao tocar o chão, quebrou-se em mil pedaços.
Um dos cacos atingiu a pele.
Escorreu o sangue.
Vermelho carmim.
Não o suficiente para esvair a vida.
O bastante para deixar uma cicatriz.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Atrasada
O trêm já partiu.
Fica a impressão de que cheguei atrasada na estação. Ou será que o trêm partiu antes do horário previsto?
Não importa. O fato é que o perdi e fiquei aqui, sozinha na estação, impedida de viajar.
Pego minha bagagem e sento em um banco. Passo a observar tudo ao meu redor: as pessoas que passam, o chão, a bilheteria, os trilhos que levam para onde eu poderia ter ido, o trêm já longe...
Perdi o trêm. Estou na estação. Sozinha. Observando. Em um local no qual eu nunca imaginei estar. Em uma situação não prevista. Continuo observando. Não sei para onde ir, não sei se devo ficar. Só sei que perdi o trêm. E continuo observando.
Como cheguei até aqui? Provavelmente, pelos passos que dei.
Como perdi o trêm? Provavelmente, porque não tinha consciência dos passos que dava.
Fica a impressão de que cheguei atrasada na estação. Ou será que o trêm partiu antes do horário previsto?
Não importa. O fato é que o perdi e fiquei aqui, sozinha na estação, impedida de viajar.
Pego minha bagagem e sento em um banco. Passo a observar tudo ao meu redor: as pessoas que passam, o chão, a bilheteria, os trilhos que levam para onde eu poderia ter ido, o trêm já longe...
Perdi o trêm. Estou na estação. Sozinha. Observando. Em um local no qual eu nunca imaginei estar. Em uma situação não prevista. Continuo observando. Não sei para onde ir, não sei se devo ficar. Só sei que perdi o trêm. E continuo observando.
Como cheguei até aqui? Provavelmente, pelos passos que dei.
Como perdi o trêm? Provavelmente, porque não tinha consciência dos passos que dava.
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